Nuvem como uma estratégia de negócios e não só uma estratégia tecnológica
News Article -- Outubro 20, 2020
Se você é um executivo C-level, há uma boa chance da sua corporação já ter movido uma parte de suas operações para a nuvem, ou ao menos ter um plano de migração. No entanto, com a gama de serviços que podem ser fornecidos pela nuvem aumentando rapidamente, adotar essa tecnologia agora é tanto sobre entregar capacidades de negócio quanto sobre TI.
Os grandes provedores de nuvem estão oferecendo soluções focadas em negócios e entregando componentes com funcionalidade de negócios, permitindo que corporações deixem de ser construtoras de sistemas de TI para ser montadoras de capacidades empresariais.
Como isto vai ajudar as corporações à frente? Se olharmos para a nuvem como uma forma de montar capacidades de negócio, as empresas de repente têm a flexibilidade, a liberdade para experimentar, a de criar produtos e serviços distintos e a habilidade de escalar muito rápido.
Vamos dar um passo atrás por um momento para distinguir a nuvem como uma estratégia de TI e a capacidade empresarial cloud-native.
Originalmente, a nuvem ofereceu uma forma diferente de comprar computação e armazenamento (sob demanda, pay-per-use e self-service). Isto aumentou a agilidade e, em algumas instâncias, reduziu custos, mas não transformou o negócio em si. Depois, os provedores de nuvem adicionaram serviços para que desenvolvedores construíssem aplicativos na nuvem — os tão chamados apps cloud-native. Isto diminuiu o ciclo de desenvolvimento, permitindo que times fizessem interações rápidas melhorando produtos e serviços.
No entanto, a riqueza de serviços oferecidos pelos provedores de nuvem cresceu tanto que hoje um novo nível de mudança é possível: capacidades de negócio cloud-native que são imaginadas, criadas e entregues através da nuvem desde o primeiro dia. Os provedores de nuvem agora oferecem uma grande variedade de componentes que adicionam valor ao negócio. Mais que isso, eles criaram serviços especializados voltados a todas as maiores tendências tecnológicas, como blockchain, 5G, machine learning, inteligência artificial e identidade digital. Esta evolução permite que corporações deixem de ser construtores de sistemas de TI para ser montadores de capacidades empresariais.
Considere como analogia a fabricação de um avião. Primeiro, nós deixamos de construir aviões usando parafusos e metal bruto para construí-los, usando peças (por exemplo, lâminas de ventilação). Agora, estamos passando a usar módulos (como motores completos). Levando a analogia ainda mais a frente, as empresas têm a opção de obter de outros fornecedores, capacidades de negócio no estilo Airbus (asas, fuselagem etc).
Uma vez que as capacidades empresariais podem ser montadas com componentes de nuvem, o investimento em novos produtos e serviços passa a ser reduzido radicalmente, assim como o tempo para se vender. Se um novo produto ou serviço se provar bem-sucedido, a corporação estará em uma posição para escalar rapidamente.
Com tantas capacidades disponíveis em uma base de utilidades da nuvem, a vantagem competitiva estará com aqueles que imaginam como componentes podem ser montados para entregar proposições diferenciadas aos clientes — e com aqueles que têm as habilidades para executar suas visões. Ironicamente, uma adoção mais profunda da nuvem faz ter as pessoas e parceiros certos mais — não menos — importante. Com a nuvem como uma estratégia de negócios, as empresas podem criar vantagem competitiva, melhorando o potencial de torná-la uma estratégia moldadora de empresas.
Porém, conforme essa estratégia evolui, tome nota: os papéis dos líderes de negócios e de TI vão — e devem — evoluir também.
Especificamente, enquanto o foco é movido de construir para montar, o chief information officer (CIO) e os times de TI gastarão muito menos tempo colando encanamentos e ao invés disso, se tornarão maestros da mudança. Os CIOs e seus times vão desempenhar um papel crítico na educação e no aconselhamento de seus colegas sobre as capacidades da nuvem e a oportunidade de um impacto positivo para o negócio.
Tanto o modelo operacional existente quanto a cultura vão requerer transformação para controlar o potencial de montagem de componentes de negócio pela nuvem, em vez de construir sistemas e capacidades in-house usando ferramentas e processos tradicionais. A intervenção ativa de executivos C-level será vital em dirigir esta transformação, e mais ainda, em imaginar o potencial de capacidades empresariais cloud-native.
Se sua empresa está pronta para mudar para melhor, se pergunte essas questões:
- Quais são os novos produtos e serviços que entregarão o maior valor para nossos clientes internos e externos?
- Quais componentes estão disponíveis pela nuvem para dar suporte a novos produtos e serviços?
- Quais são os provedores de nuvem que oferecem a gama de serviços que vão contribuir mais para as capacidades empresariais cloud-native que precisamos?
- Quando vamos usar parceiros para montar e gerenciar componentes de nuvem porque trazem experiência e habilidades distintas?
- Que mudanças são necessárias no nosso modelo operacional para tirar vantagem do potencial de construir apps cloud-native e montar (em vez de construir) capacidades empresariais cloud-native?
E então resta, é claro, uma pergunta final: você está pronto para começar?
Você pode ler o artigo de pesquisa completo do Leading Edge Forum aqui. O Leading Edge Forum é uma unidade de negócio da DXC Technology.
Sobre o autor
David Rimmer é um associado de pesquisa no Leading Edge Forum, onde ele escreve em um blog sobre inovação tecnológica que abre novas possibilidade para corporações enquanto transforma profundamente nossa economia e sociedade. Na DXC, o papel de David como um Digital General Manager é construir proposições digitais criativas que identificam de que forma tecnologias como machine learning, inteligência artificial, robótica, plataformas e Open APIs podem transformar os negócios dos clientes. David tem extensa experiência como empreendedor, liderando um dos primeiros serviços de empréstimo de ações, assim como uma startup de IA.