Repense a colaboração para criar valor
News Article -- Novembro 06, 2020
Um estudo recente da Gallup revelou que 85% dos colaboradores ao redor do mundo não estão engajados no trabalho. Nos EUA, 65% estão desinteressados. Contribuições de inovação e ganho de eficiência operacional ficam em risco quando uma corporação não tem uma força de trabalho engajada.
Em comparação, as companhias que entregam uma ótima experiência ao funcionário são duas vezes mais inovadoras das que não fazem isso, e ainda são 25% mais rentáveis, de acordo com a pesquisa MIT Sloan Center 2017.
Essas empresas também oferecem altos níveis de satisfação ao consumidor. Se trabalhar significa criar valor, então, a produtividade corporativa é uma medida para funcionários se unirem para criar valor para os consumidores. Especialmente hoje, “se unir” por meio da tecnologia é mais importante do que nunca.
Os negócios precisam de inputs e esforços significativos dos contribuintes para alcançarem um motor bem avançado de inovação. Com a riqueza da informação prontamente disponível e a habilidade de se conectar imediatamente com os outros, a inovação tem se tornado transregional, transcultural e transorganizacional.
Quando pensamos naqueles que são melhores na colaboração, pensamos em pessoas abertas, passionais e experientes. Elas também têm um senso de responsabilidade coletiva e aplicam sua experiência, conhecimento e conjunto de habilidades para conquistar um resultado desejado mutuamente, que está impulsionando a inovação ou se afastando de ineficiências em papéis e grupos da organização.
Obstáculos para a colaboração efetiva
Nossos processos colaborativos, no entanto, não são projetados para criar inovação nem remover ineficiências de uma forma oportuna.
Qualquer coisa que não cria valor é um peso na corporação, mas nos pegamos fazendo coisas em que pouco valor é criado ou entregue. Adoramos reuniões, por exemplo, e pensamos de forma ingênua que ter uma enxurrada delas cria valor. De fato, estar com a agenda cheia se torna um sinal de prestígio! Mesmo assim, é quase impossível ser produtivo — isto é, produzir valor — quando você está sempre em reuniões. Pense em quantas horas você gasta nelas toda semana, e em quantas delas são seguidas, especialmente nesses dias, já que nunca estamos afastados e estamos sempre “disponíveis” para ter uma agenda lotada. Porém, precisamos de um espaço para respirar para sermos produtivos, e, especialmente, inovadores.
Às vezes, nossa energia é gasta completamente só de tentar identificar as pessoas certas para um projeto “que surge do nada”, apenas para descobrirmos uma falta de atenção, confiança e alinhamento dentro do grupo. Esta falta de engajamento de verdade é a barreira mais comum para a colaboração produtiva.
Então, como repensamos a colaboração para a eficiência e a inovação?
Tirando a colaboração da caixa
Temos que minimizar o tempo que membros do time gastam em reuniões sobre o trabalho, e maximizar o tempo e a habilidade de se engajar de forma colaborativa para criar o valor-chave da empresa — isto é, o trabalho em si. Na maior parte das reuniões de negócios, os times trocam informações, discutem problemas e tomam decisões. Em contraste, seja para criar algo novo ou remover o que é irrelevante, o propósito da colaboração é fazer as coisas acontecerem, juntos.
As plataformas de colaboração podem ajudar as equipes a compartilhar componentes de trabalho, a tomar decisões imediatas e a projetar/construir mais rápido na infinitude de dispositivos de qualquer lugar em que cada pessoa esteja. Estas plataformas permitem que membros de times globais forneçam seus pontos de vista nos trabalhos uns dos outros, tanto em tempo real e em diferentes fusos horários, para que todos possam ir na mesma direção.
Novas ferramentas de colaboração, que estão se tornando populares, incluem assistentes virtuais, transcrição automática, machine learning, processamento de voz, de sensores e até realidade aumentada. Estas tecnologias tornam possível que membros da equipe se envolvam de forma mais rica e eficiente com seus pares e, dessa forma, foquem mais em criação de valor do que em administração e em logística.
Estamos na beira de uma grande revolução tecnológica. Uma força de trabalho mais engajada, conectividade acelerada e ferramentas cognitivas estão prontas para mudar nosso ambiente de trabalho, independentemente de onde os trabalhos estão sendo realizados hoje. A tecnologia deve permitir que as companhias tirem o melhor das pessoas e as habilitem a tirar o melhor da experiência da empresa. Ela deve deixar as pessoas mais próximas, virtualmente. O espaço de trabalho do futuro está ao redor de todos nós, literalmente, e as organizações precisam redefinir como o valor é criado. As ferramentas de colaboração podem tornar possível o engajamento de oportunidades total para alavancar tanto a eficiência quanto a inovação, o que se traduz em crescimento.
Sobre a autora
Cheryl Soderstrom é uma Chief Technologist trabalhando com colegas de indústria para oferecer consultoria a clientes de Tecnologia, Mídia e Telecomunicações em suas jornadas digitais. Auxiliada pela experiência que ganhou em seu papel anterior como Americas Cybersecurity Chief Technologist, ela é especialista em estratégias de transformação digital e pode ajudar clientes a entender seus impactos na postura de cibersegurança.